sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ato Público "Os planos de saúde vão acabar com o SUS?"


Dia 26/04/2013 - Horário: 09h00 às 12h00
Presentes: João Roberto Cavalcante e Carolyne Cosme

M A N I F E S TO
            O sistema de saúde brasileiro está numa encruzilhada. Depois de 25 anos da conquista constitucional, não se conseguiu efetivar o SUS como um sistema único de qualidade, com cobertura universal e atendimento integral. Longe de ser uma solução, o mercado dos planos e seguros de saúde não entrega o que promete, crescendo na mesma proporção que os problemas de acesso e negações de cobertura da rede privada.
            Há duas décadas teve início intensa mobilização pela regulamentação dos Planos e Seguros Privados de Saúde no Brasil, com a edição da Resolução nº 1401/ 1993, do Conselho Federal de Medicina (CFM). O Movimento, que reuniu entidades de defesa do consumidor, médicos, profissionais, ONGs de portadores de patologias e Conselho Nacional de Saúde, dentre outros, culminou na Lei dos Planos de Saúde (nº 9656/ 1998) e na criação da ANS.
            Apesar dos avanços, muitos problemas permaneceram e outros mais complexos surgiram. O Brasil mudou. O crescimento econômico gerou emprego, renda e consumo. Há novos desafios epidemiológicos e demográficos, com envelhecimento da população e incorporação de tecnologias na saúde.
            A saúde é hoje em todas as pesquisas de opinião, o item com pior avaliação entre os brasileiros.
            Mas, afinal, o SUS fracassou? Os planos de saúde são a alternativa para a ampliação da cobertura assistencial e a expansão de rede de serviços no país? Os planos de saúde são de fato uma opção de menor custo e maior qualidade? Quais serão as consequências de investimentos multinacionais na rede privada de saúde no país?
            O ato público “Os planos de saúde vão acabar com o SUS?” foi convocado para responder essas questões e também para discutir os rumos e o futuro do sistema de saúde brasileiro, considerando o seguinte contexto:
·         Divulgação pela mídia de um “pacote” do governo federal de redução de impostos e subsídios públicos a planos de saúde;
·         Entrada do capital estrangeiro e de empresas de intermediação no setor suplementar;
·         Meta das operadoras de duplicação do mercado privado para 100 milhões de brasileiros, com oferta de planos saúde baratos no preço e medíocres na cobertura, visando novos estratos de trabalhadores;
·         Cenário de subfinanciamento do SUS, com negação do governo de destinar pelo menos 10% do Orçamento da União para a saúde;
·         Crescimento dos conflitos de interesse, com captura da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pelo mercado de planos de saúde e crescimento do financiamento de campanhas eleitorais pelas empresas do setor;
·         Persistência de lacunas e omissões na regulamentação dos planos de saúde.

9h às 9h30 - Abertura
Marilena Lazzarini, Presidente do Conselho Diretor do Idec
Professora Dra. Helena Ribeiro,  Diretora da Faculdade de Saúde Pública/USP
9h30 às 10h30 - Mesa de Aquecimento da Plenária
Coordenação:
Mário Scheffer - Departamento de Medicina Preventiva/FMUSP e membro do Conselho Diretor do Idec
Provocadores:
Gilson Carvalho -Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems):
“OS SUBSÍDIOS PÚBLICOS AOS PLANOS E O SUBFINANCIAMENTO DO SUS”
Lígia Bahia, UFRJ
“O QUE HÁ DE NOVIDADE NO CENÁRIO? SERÁ O FIM DO SUS?”  
Carlos Thadeu de Oliveira, Idec
” AS LACUNAS DA REGULAÇÃO E A OMISSÃO DA ANS “
Regina Parizi, FSP/USP
“20 ANOS DEPOIS DA MOBILIZAÇÃO PRÓ-REGULAMENTAÇÃO DOS PLANOS DE SAÚDE”
10h30 às 12h -Plenária de Entidades - Manifesto Coletivo

ENCAMINHAMENTO: FAZER UM ATO COM OS ALUNOS DE SAÚDE COLETIVA EM DEFESA DO SUS.

Mais informações, acesse


VAMOS, JUNTOS, CONSTRUIR O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO!



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